quarta-feira, 4 de setembro de 2013

20 filmes argentinos inesquecíveis

O Segredo dos Seus Olhos (2009)

Um dos maiores sucessos dos últimos anos no cinema argentino, O Segredo dos Seus Olhos conquistou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2010 e deve ganhar em breve uma refilmagem nos Estados Unidos. Dirigido por Juan José Campanella, o longa conta com Ricardo Darin na pele Benjamin Esposito, um oficial de justiça recém-aposentado que é obrigado a confrontar um caso marcante de seu passado.

Elsa & Fred - Um Amor de Paixão (2005)

Elsa & Fred - Um Amor de Paixão foi um filme que provou a força do cinema argentino no Brasil. Sem nenhum grande astro, o longa encantou o público e ficou meses em cartaz por aqui. Tudo graças à delicada história de Fred, um senhor de mais de 80 anos que recebe a notícia de que tem uma doença grave. Enquanto sua vida parecia perto do fim, ele conhece Elsa, com quem redescobre o prazer de viver. Um longa delicado e muito bonito. A direção é de Marcos Carnevale.

Família Rodante (2003)

Muito antes de conquistar o cinéfilo brasileiro com obras como Leonera, Abutres e Elefante Branco, Pablo Trapero realizou o road movie Família Rodante. O filme pode não ser o mais cultuado do diretor, mas sem dúvida foi fundamental para a construção de sua carreira. Conquistou vários prêmios por todo mundo e ainda serviu de inspiração clara para o americano Pequena Miss Sunshine. Na trama, uma família viaja mais de 1.000 km em um trailer para participar de um casamento.

O Filho da Noiva (2001)

O Filho da Noiva é mais uma parceria entre o ator Ricardo Darin e o diretor Juan José Campanella. O filme é lindíssimo e muito triste, sendo muito praticamente impossível ficar indiferente. Darin vive Rafael Belvedere, um sujeito na crise dos 40 que é obrigado a administrar um restaurante, cuidar dos pais, aguentar as preços da ex-mulher e da atual namorada, que quer um relacionamento sério. Ele acaba sofrendo um ataque cardíaco e é obrigado a confrontar todas as suas escolhas na vida.

Plata Quemada (2000)

O drama Plata Quemada é outra importante produção argentina que foi muito bem sucedida nos cinemas mundiais. Chegou a conquistar o Goya de Melhor Filme Estrangeiro, além de outras importantes premiações. Trata-se de uma produção elétrica, que mantém um nível de tensão impressionante. A trama envolve o assalto a um carro forte, que acaba com o assassinato das pessoas responsáveis pelo veículo. Os três criminosos decidem fugir para o Uruguai para escapar da polícia argentina, que tem sede de vingança. A direção é de Marcelo Pineyro e o elenco conta com as presenças de Eduardo Noriega, Leonardo Sbaraglia e Pablo Echarri.

Valentin (2003)

Dirigido, escrito e estrelado por Alejandro Agresti, Valentin conta a história de um jovem garoto de oito anos que vive com sua a vó, uma vez que seu pai está sempre trabalhando. Ele não tem nenhum contato com a mãe e isso acaba interferindo no seu dia a dia. O garoto, que sonha em ser astronauta, procura por uma figura materna e idealiza a vontade de ter uma família tradicional. O longa recebeu prêmios nos festivais de Mar del Plata, Oslo e Newport, além de ter sido o grande vencedor da premiação da Associação de Críticos da Argentina em 2004.

A Trégua (1974)

Indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 1975, A Trégua conta a história de um homem solitário que está prestes a se aposentar. Ele decide escrever em um diário para passar o tempo e vê sua vida mudar radicalmente com a chegada da jovem Laura. Os dois vivem um romance improvável, mas com direito a muita delicadeza e sensualidade. O filme foi dirigido por Sergio Renán. Hector Alterio e Ana Maria Picchio vivem o casal principal.

O Abraço Partido (2003)

O diretor Daniel Burman já é um nome consolidado no cinema argentino, com obras como As Leis de Família, Ninho Vazio, Dois Irmãos e A Sorte em Suas Mãos (ainda inédito no Brasil), mas tudo começou com o excelente O Abraço Partido. O drama, com pitadas de comédia, gira em torno de Ariel (Daniel Hendler), um jovem de vinte e poucos que largou a faculdade e passa os dias na loja de lingeries de sua mãe e em um cybercafe local. Ele vive num cenário de crise, com lojistas do bairro fechando suas portas. Em meio a tudo isso, sonha em reencontrar o pai e sair do país para ganhar a vida.

A História Oficial (1985)

Vinte e quatro anos antes de O Segredo dos Seus Olhos conquistar o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, A História Oficial se tornou o primeiro longa argentino a receber uma estatueta da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. A trama gira em torno de uma professora de história que vive com o marido e com a filha adotiva na Argentina da década de 80. Em meio a uma série de situações, como o retorno de uma amiga do exílio, a professora decide buscar maiores informações sobre a origem biológica da filha.

Um Conto Chinês (2011)

Sensação do cinema argentino em 2011, Um Conto Chinês também foi sucesso de público no Brasil, ficando meses em cartaz no país. O longa começa com uma vaca caindo do céu e destruindo um pequeno barco aonde estavam um casal. A partir daí, nos deparamos com a história de Roberto (Ricardo Darin), um sujeito solitário que tem o inusitado hobby de colecionar reportagens de jornais de fatos bizarros. Ele, no entanto, é obrigado a aceitar a companhia de uma pessoa, um chinês que mudará seu dia a dia.

O Pântano (2001)

Um dos grandes nomes do cinema latino-americano, a argentina Lucrecia Martel fez obras marcantes como Menina Santa e A Mulher Sem Cabeça. Seu filme imperdível, no entanto, é a comédia dramática O Pântano. Estrelado por Graciela Borges, Sylvia Bayle e Mercedes Morán, o longa conta a história de duas famílias que não se dão bem e vivem em uma região marcada por grandes alagamentos provocados pelas chuvas de verão. O resultado são verdadeiros pântanos.

O Homem ao Lado (2009)

O Homem ao Lado pode não ter feito tanto sucesso no Brasil como outras produções presentes na matéria, mas isso não significa que o filme não seja muito especial. Dirigido por Gastón Duprat e Mariano Cohn, o drama foi premiado no Festival de Sundance e colecionou prêmios por todo mundo. A trama envolve um designer que vive com a família em uma casa construída famoso arquiteto Le Corbusier. O dia a dia deles é afetado por uma obra ilegal na casa do vizinho.

Sur (1988)

Um dos mais cultuados filmes do renomado diretor Fernando E. Solanas, Sur conta a dura história de um preso político que é libertado após o fim da ditadura na Argentina. Ele não retorna para sua família e vaga por Buenos Aires numa jornada que mistura realidade e fantasia, em que relembra o duro período de confinamento. Susu Pecoraro, Miguel Angel Sola e Philippe Léotard integram o elenco.

Clube da Lua (2004)

O belo Clube da Lua foca sua atenção na casa de dança Luna de Avellaneda, fundada em Buenos Aires na década de 40. Na trama, o clube está prestes a fechar. Mas seus fundadores lutarão contra tudo e contra todos para não precisarem pedir falência. A produção tem altas doses de nostalgia e contemplação. Ricardo Darin vive um dos fundadores do clube e trabalha mais uma vez sob direção de Juan José Campanella.

Camila (1984)

Indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1985, Camila se passa na Argentina do século XIX. Conta a polêmica história de uma jovem da elite que se apaixona por um padre jesuíta. Os dois acabam sucumbindo à paixão, mas são obrigados a confrontar a desaprovação da sociedade e, principalmente, da igreja. Dirigido por Maria Luisa Bemberg, o longa é estrelado por Susu Pecoraro, Imanol Arias e Hector Alterio.

Abutres (2010)

Dirigido por Pablo Trapero, Abutres é uma demonstração clara de que o cinema argentino não se resume à comédias dramáticas. O país também é capaz de produzir um thriller como este, repleto de reviravoltas e discussões sobre a sociedade e suas dificuldades. Ricardo Darín e Martina Gusman (esposa do diretor) estrelam a produção, que conta a história de um advogado especializado em acidentes rodoviários. Ele é chamado de urubu, ou abutre, por visitar locais de acidentes para tentar conseguir clientes. Ele decide mudar de vida ao conhecer uma jovem paramédica.

Medianeras: Buenos Aires na Era do Amor Virtual (2011)

Simpático, bonito, divertido e muito romântico, Medianeras: Buenos Aires na Era do Amor Virtual foi o grande vencedor da mostra latina do Festival de Gramado em 2011. Na sequência, o longa foi lançado nos cinemas brasileiros e foi um sucesso de público e crítica. Escrito e dirigido por Gustavo Taretto, Medianeras conta a história de um sujeito solitário que passa o tempo todo conectado na internet. Lá, conhece uma bela mulher. Os dois iniciam um relacionamento online sem nem saber que vivem um do lado do outro.

Lugares Comuns (2002)

Lugares Comuns é um filme delicado sobre um professor que após anos de serviço é obrigado a se aposentar compulsoriamente. Ele viaja com a esposa para a Espanha, mas logo é obrigado a retornar à Argentina para confrontar sua nova situação de aposentado. Ele, então, decide se mudar para uma fazenda. Dirigido por Adolfo Aristarain e estrelado por Mercedes Sampietro, Federico Luppi e Arturo Puig, o longa conquistou prêmios no Goya e no Festival de Gramado.

Nove Rainhas (2000)

Ricardo Darin já era um ator conhecido na Argentina quando estrelou Nove Rainhas, mas foi este o filme responsável por transformá-lo em um astro latino-americano. O ator vive Marcos, um picareta de marca maior que, ao lado de Juan (Gaston Pauls), se prepara para aplicar um golpe em um milionário. O longa conta com direção de Fabián Bielinsky e com as presenças de Leticia Bredice e Ignasi Abadal no elenco.

O Mesmo Amor, a Mesma Chuva (1999)

Você já leu os nomes de Juan José Campanella e Ricardo Darín várias vezes nesta matéria! Pois saiba que foi em O Mesmo Amor, a Mesma Chuva que os dois iniciaram esta frutífera parceria. O trama envolve dois jovens amigos que são separados pela vida. O filme segue as duas trajetórias de forma simultânea. Ele é uma jovem promessa da literatura argentina, enquanto que ela é uma simples garçonete. Soledad Villamil, Eduardo Blanco e Ulises Dumont completam o elenco.


2 comentários:

  1. Recomendo para quem não conhece, Homem olhando o sudeste, do ano 86 de Eliseo Subiela, que posteriormente os americanos roubaram a história e fizeram K-Pax. Muito boa a lista, uma das minhas favoritas e 9 rainhas, mas para quem não e argentino, precisa de um do lado para explicar algumas coisas intraduzíveis do filme.

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  2. Eu amo o cinema argentino pq, assim como nossos vizinhos Hermanos, são repletos de aspectos passionais.... argentinos são muito apaixonados em tudo que fazem! Recomento assistirem "Iluminados pelo Fogo", que conta a história dos veteranos da Guerra das Malvinas... incrível, real e muito emocionante... vale muito ver esse filme com o coração aberto!

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