quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

10 filmes Iranianos que vale apena assistir

O Cinema Iraniano é lindo, poético, simbólico e com um engajamento político-social muito marcante. Com filmes gravados na clandestinidade e em 17 dias (Ninguém Sabe dos Gatos Persas), diretora filmando seu primeiro documentário com 14 anos (Hana Makhmalbaf/ Alegria da Loucura), bomba caindo no meio da gravação e ferindo 6 atores (Cavalo de Duas Pernas/ 2008) e a exploração corajosa, no contexto iraniano, da temática LGBT (Circunstância /2011) fazem do cinema Iraniano um cinema que precisa ser visto, revisto e apreciado.

Elaborei esta lista da forma mais didática possível. Ela não é um top 10, apesar de contar com alguns do meu top 10, mas uma porta de entrada para o mundo Cinematográfico Iraniano. Outra coisa legal, é que a maioria dos filmes está disponível no youtube e com legendas em português. Então, vamos a lista.

O Círculo (2000) – Direção: Jafar Panahi
O circulo
Três mulheres acabam de receber indultos para deixar a prisão. As perspectivas, porém, são piores. Mesmo em liberdade, elas se sentem em uma grande prisão, com os direitos reduzidos e em um ambiente opressivo e sexista.

A Separação (2011) – Direção: Asghar Farhadi
A Separação
Simin e seu marido Nader, estão se preparando para deixar o Irã, com a filha Termeh. Mas Nader, preocupado com seu pai, que sofre de Alzheimer, acaba desistindo da viagem. Decepcionada, Simin, entra com pedido de divórcio, que é negado pela vara de família. Ainda assim, ela decide sair de casa, deixando Termeh, para trás. Sem conseguir lidar com todas essas mudanças, Nader, contrata a jovem Razieh, para cuidar de seu pai doente. Grávida, a moça está trabalhando escondida do marido.
Ganhador do Oscar (2012) e do Globo de ouro (2012) na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.

Filhos do Paraíso (1997) – Direção: Majid Majidi
Filhos do Paraíso
Ali (Amir Farrokh Hashemian), um menino de 9 anos, perde o único par de sapatos que sua irmã tinha. Para evitar brigas com seus pais, ele passa a dividir seu própio par com sua irmã. Indicado ao Oscar (1999) de Melhor Filme Estrangeiro.

E Buda Desabou de Vergonha (2007) – Direção: Hana Makhmalbaf
E Buda Desabou de Vergonha
Baktay tem seis anos e vive com sua família em Bamian, cidade em que tesouros da cultura local, como as estátuas de Buda, foram destruídas pelos talibãs. Instigada por seu vizinho que já sabe ler, ela faz de tudo para poder estudar em uma escola para meninas que abre do outro lado do rio. Quando segue para a escola, no caminho encontra um grupo de garotos acostumados a brincadeiras de guerra, que resolvem prendê-la.

 Tartarugas Podem Voar (2004) – Direção: Bahman Ghobadi
Tartarugas podem voar
Em uma vila de curdos no Iraque, na fronteira entre o Irã e a Turquia, pouco antes do ataque americano contra o Iraque, os moradores buscam desesperadamente uma antena parabólica para poder ter notícias via satélite. Um garoto mutilado que vem de outra vila com sua irmã e filho, prevê que a guerra esta cada vez mais perto.

A Maçã (1998) – Direção: Samira Makhmalbaf
A MAÇA
Mulher cega e seu marido matêm as filhas gêmeas presas, seguindo vagos preceitos do Alcorão. As meninas são soltas, após 11 anos em cativeiro, e têm que descobrir o mundo com olhos infantis que nunca conheceram nada além dos muros da sua casa.
Baseado em fatos reais.

O Silêncio (1998) – Direção: Mohsen Makhmalbaf
o silencio
Numa aldeia na fronteira entre o Irã e o Tadjiquistão, menino cego desenvolve um ouvido aguçado para construir o mundo que não consegue enxergar, através dos sons.

Ninguém Sabe dos Gatos Persas* (2009) – Direção: Bahman Ghobadi
Ninguém Sabe dos Gatos Persas
Recém-saídos da prisão, dois jovens músicos, um homem e uma mulher, decidem formar uma banda. Juntos, eles andam pelo submundo de Teerã à procura de outros instrumentistas. Proibidos pelas autoridades de tocarem no Irã, eles planejam fugir de sua existência clandestina e sonham em tocar na Europa. Porém, sem dinheiro e sem passaportes, nada será tão fácil.

* O nome do filme se refere a uma lei (real) do país que proíbe o passeio em público com cães e gatos, se referindo assim a toda a rigidez do regime vigente no Irã, que também afeta as manifestações artísticas.

A Vaca (1969) – Direção: Dariush Mehrjui
A vaca
Hassan vive em uma vila no Irã, e é profundamente apegado à sua vaca, a única da vila. Um dia, quando vai para Teerã, sua vaca morre, o que causa uma enorme preocupação aos demais moradores, que não imaginam o que pode acontecer se Hassan descobrir o ocorrido.

Onde Fica a Casa do Meu Amigo? (1987) – Direção: Abbas Kiarostami
Onde Fica a Casa do Meu Amigo
Primeiro filme da Trilogia de Koker (Vida e Nada Mais-1992/Através das Oliveiras-1994) conta a história do garoto Ahmad, que ao fazer seu dever de casa, percebe que pegou o caderno de seu amigo por engano. Sabendo que o professor exige que as tarefas sejam feitas no caderno, escapa das vistas de sua mãe e parte em busca do colega. Ele vai até uma vila nos arredores com o intuito de encontrá-lo para devolver o caderno. Chegando lá, encontra-se com diversos moradores e vivencia o dia-a-dia de cada um num ritmo lento e extremamente real.

Fonte: 1


Nenhum comentário:

Postar um comentário