10 Filmes que inspiraram crimes na vida real

A violência nos filmes é um assunto delicado, e a polêmica segue sem fim: poderia a violência vista nas telonas influenciar realmente pessoas na vida real? É fato que imagens fortes, por vezes, ficam presas nas mentes de pessoas com disturbios e médicos psiquiátricos afirmam que estas pessoas, após assistiram crimes horríveis na tela, dizem para si mesmos: “Ei, isso é realmente uma boa idéia.”

10. Atração Perigosa

O drama indicado ao Oscar de Ben Affleck, “Atração Perigosa”, conta a história de um homem envolvido em uma gangue de ladrões de banco e um romance com uma testemunha de um dos seus roubos. Enquanto ele tenta protegê-la também se esforça para deixar a vida do crime para trás. Um grupo de pessoas que pareciam ter perdido toda essa narrativa diferenciada porém, saíram do cinema pensando “Ei, essa história de assalto foi tão interessante que eu deveria fazer isso.”

O mais prolífico dos criminosos copiadores de ideias foi um grupo de homens em Nova York que cometeu um escalonamento de 62 assaltos envolvendo 217.000 dólares em dinheiro roubados de vários estabelecimento no Brooklyn -área do Queens. Os homens usaram técnicas retratadas no filme, como o corte do fornecimento de energia para o alvo para que os funcionários não pudessem pedir ajuda, uso de faróis de de mineradores para ver no escuro e uso de água sanitária para destruir provas de DNA. Eles devem ter ficado muito surpresos que todo esse trabalho não impediu de serem pegos e admitiram para a polícia que eles foram inspirados pelos crimes vistos no filme.

Dois outros crimes, um em Nebraska e outro em Illinois, envolveram ladrões vestindo disfarces vistos no filme – um grupo de homens com máscaras de caveira e, ironicamente, uma mulher em um traje de freira, respectivamente.

9. Projeto X – Uma Festa Fora de Controle

Na comédia de 2012 “Projeto X – Uma Festa Fora de Controle”, um grupo de adolescentes nerds dão uma festa em uma de suas casas enquanto os pais estão fora. A festa cresce rapidamente e fica fora de controle, resultando em um caos de drogas, armas e, eventualmente, incendiando todo a vizinhança.
Adolescentes em todo o país aderiram a ideia e uma epidemia de crianças copiando o filme se espalhou por todos os lados. E não são adolescentes normais que curtem só uma festa, são milhares de jovens que pretendem especificamente retratar o uso de drogas e violência vistos no filme.

Incidentes foram relatados em lugares tão diversos como o Texas, Utah e Flórida, geralmente ocorrendo em prédios abandonados onde entraram ilegalmente. Danos materiais aconteceram em abundância, juntamente com outras catástrofes que seria, obviamente, esperados de tais encontros fora de controle, mas que ninguém parecia considerar. Várias crianças foram feridas, algumas vezes fatal, por tiros, e muitos acusações de posse de drogas e álcool e dezenas de milhares de dólares de vandalismo. Um incidente no Texas terminou com a polícia resgatando uma garota bêbada, nua, sendo transportada por um carro cheio de rapazes. O problema ficou tão grave que a Warner Brothers divulgou um comunicado dizendo “Galera! É um filme. Parem com isso.”

8. Pânico

O filme de 1996 de Wes Craven foi um momento inovador na história do cinema de horror, uma paródia ao gênero que ainda conseguiu ser assustadora. Foi também, de acordo com um juiz americano, uma “fonte muito boa para aprender a matar alguém”, e, de fato, inspirar uma série de assassinatos “copycat” (termo que identifica pessoas que copiam outras). O mais notório foi o da adolescente belga Alisson Cambier que foi visitar seu amigo Thierry Jaradin (24 anos). Jaradin dia quando ele a pediu em namoro. Depois que ela se recusou, ele pediu licença e foi para outro quarto onde vestiu o traje icônico Ghostface e pegou duas grandes facas que ele usou para esfaquear Cambier 30 vezes como visto na cena de abertura do filme.

Após o ataque ele fez alguns telefonemas, confessou o crime e mais tarde admitiu à polícia que ele tinha planejado o incidente modelado após o filme. Autoridades estavam confusas com as ações de Jaradin, uma vez que ele não tinha antecedentes criminais ou histórico de doença mental, a não ser, aparentemente, um hábito de tentar pegar meninas de 15 anos de idade.

7. Clube da Luta

A adaptação cinematográfica de 1999 de David Fincher do romance de estréia de Chuck Palahniuk foi um golpe duro nos homens que sentiram que tinham sido tolidos pela sociedade politicamente correta.

O mundo underground do Clube da Luta onde lutadores não usam luvas de boxe e o terrorismo é organizado era muito atraente, e era apenas uma questão de tempo antes que essa ilegalidade não fosse mais uma questão meramente fictícia e passasse para o mundo real. O crime mais grave aconteceu no fim de semana do Memorial Day em 2009, na cidade de New York. Bombas caseiras explodiram em vários locais da cidade, incluindo uma no Starbucks no Upper East Side, aparentemente inspirada na destruição de empresas que simbolizavam a opressão, como visto no filme.

Os atentados foram eventualmente rastreados para Kyle Shaw, um membro de um local “clube da luta”, depois que ele se gabou para seus colegas. Clubes da luta, de fato, surgiram em todo o mundo, na esteira do filme, em todos os tipos de classes sociais.

6. Assalto Sobre Trilhos

O filme de 1995 incluiu uma cena em que um ladrão chamado Torch rouba uma cabine de pedágio no metrô, em seguida, prende o funcionário e pulveriza o estande com gasolina, ateando fogo. Na comédia, o funcionário fica afastado, mas as vítimas dos telespectadores copycats que tomaram conhecimento da técnica não tiveram tanta sorte.

No primeiro incidente, um jovem encheu uma calha de moeda da cabine com fluido de isqueiro, ameaçando queimar o funcionário até a morte, se ele não lhe desse o dinheiro. Ele ateou fogo de qualquer maneira, e a vítima de 50 anos de idade, sofreu queimaduras em mais de 75 por cento do seu corpo antes de ser resgatado. Ele morreu no hospital algumas semanas depois. Houveram sete incríveis incidentes nas três semanas seguintes, utilizando o mesmo método, ironicamente, durante uma campanha contra a violência em Hollywood.

5. Jogos Mortais

O assassino Jigsaw da franquia Jogos Mortais tem todos os ingredientes de um anti-herói psicopata. Suas armadilhas são elaboradas , engenhosas, e horripilantes. Ele só atinge as pessoas que estão sofrendo consigo mesmos, e os seus jogos são projetados para ensinar-lhes o valor da vida. Jigsaw nunca mata ninguém, seu jogo diz que se eles não têm vontade suficiente para viver, eles se matam.

É justo então, que os dois crimes inspirados em Jigsaw na verdade nunca tenham feito mal a ninguém, pelo menos não da maneira que se propunham. Uma mãe de Salt Lake City delatouy seu filho e seu amigo depois que ela ouviu eles conspirarem para seqüestrar, torturar e assassinar várias pessoas. Os dois meninos, com idades entre 14 e 15 anos, tinham planos detalhados para a criação de jogos no estilo Jogos Mortais, para ensinar uma lição às pessoas que prejudicavam outras pessoas, inclusive um policial (muitos dos alvos de Jigsaw) e duas meninas do ensino médio. Os meninos ainda disseram à polícia que haviam adquirido máquinas fotográficas e filmadoras para documentar os crimes, como Jigsaw fazia.

Enquanto isso, no Tennessee, duas adolescentes ficaram em maus lençois após uma pegadinha que deu errado. Uma mulher de 52 anos recebeu uma mensagem de voz no estilo Jogos Mortais, dizendo que uma amiga dela estava escondido em sua casa, e que um gás tóxico seria liberado na casa. Ela teve que decidir se salvaria a si mesma ou se arriscaria tentando salvar sua amiga. A mensagem recebida veio no pior momento possível: durante um cortejo fúnebre. A mulher estava tão aterrorizada que ela sofreu um acidente vascular cerebral. Ela se recuperou, mas as meninas foram acusadas ​​e presas.

4. Cortina de Fogo

O filme de ação de 1991 conta a história de um grupo de bombeiros de Chicago correndo contra o relógio para pegar um incendiário em série. Provavelmente você já tem uma ideia de onde isso vai parar.

Surpreendentemente, ele “só queria ser um herói”, disse o homem preso por incêndio criminoso depois de assistir Cortina de Fogo. Ele admirava os bombeiros no filme e ele queria ser como eles, salvando pessoas de prédios em chamas. Infelizmente, ele meio que perdeu a parte sobre a definição de que incêndios são ruins. Como ninguém teve a gentileza de definir isso para ele, ele modelou o assunto a sua maneira, acendendo uma cadeira no apartamento da família de sua namorada, enquanto dormiam. A parte mais triste é que ele nem chegou a apagar o fogo. A família acordou quando a fumaça rapidamente encheu o apartamento e eles mesmos apagaram o fogo. O namorado infeliz acabou preso.

3. Entrevista com Vampiros

Não parece ter havido muitos crimes copiados da adaptação de 1994 do clássico de Anne Rice onde imortais são entrevistados. Talvez alguém tenha jogado algumas pessoas em um poço e ateado fogo? Não. É muito mais estranho do que isso. Daniel Sterling e sua namorada de oito anos, Lisa Stellwagen, assistiam o filme juntos em 17 de novembro de 1994. Naquela noite, Lisa acordou por volta de 3:00h e encontrou Daniel olhando para ela. Ele disse a ela: “Esta noite você vai morrer. Eu vou te matar e beber o seu sangue.” Nesse ponto, ela aparentemente se virou e voltou a dormir. Foi mais tarde naquela noite que Daniel esfaqueou sete vezes e sugou o sangue de suas feridas. Nenhuma palavra sobre por que ela não correu para fora da cama gritando de imediato, como uma pessoa normal provavelmente teria feito. Daniel teve a gentileza de deixar claro que não foi culpa do filme, embora tenha admitido que influenciou o seu plano. O júri não aceitou isso como defesa e condenou-o por tentativa de homicídio em primeiro grau, entre vários outros encargos.

2. Rambo, Programado para Matar

O filme de ação de 1982 foi um retrato sombrio do dano que a Guerra do Vietnã havia infligido sobre jovens americanos, personificada por Sylvester Stallone como John Rambo. Ele é abordado pela polícia, perseguidos dentro da floresta e implacavelmente perseguido depois de matar acidentalmente um oficial. Eventualmente ele é conduzido causar um caos em enormes áreas da cidade.

Houveram muitos relatórios da polícia na sequência do primeiro filme de jovens que tentaram imitar o seu herói, John Rambo, principalmente no deserto canadense. Um homem, vestido com uniforme militar e uma faixa vermelha, foi morto a tiros em um impasse com a polícia, depois de matar um oficial. Outro, um homem de 18 anos na área de Toronto, foi encontrado escondido em um barranco pantanoso vestindo calças cáqui e pintura no rosto e carregando uma estante de música. No entanto, outro, em Ontário, também vestido com roupas do exército e um rosto pintado, foi perseguido por duas semanas na floresta, enquanto lançava pedras com um estilingue, exatamente como Rambo… exceto que esse cara estava atirando em crianças. Os criadores do filme repudiaram qualquer responsabilidade pelos crimes, mas enquanto os psicólogos concordaram que o filme não foi o culpado, certamente forneceu um modelo a estes homens enlouquecidos.

1. Batman – O Cavaleiro das Trevas

Todo mundo sabe sobre a tragédia no Colorado e o homem de cabelos laranja que gritou “Eu sou o Coringa!” antes de sair atirando em um cinema cheio de fãs de Batman no ano passado. Mas ele não é o único cara que se inspirou no Coringa, que queria ver o mundo queimar.

Em 2010, um homem de Wisconsin foi condenado a quase um ano de prisão depois que ele invadiu a casa de seu primo e o agrediu vestido como o Coringa. O homem tinha suspeitado que seu primo dormia com sua ex-namorada e atacou os dois, quando ele os encontrou na cama juntos. É duvidoso que o Coringa aprovaria isso, porque justamente por um motivo coerente, torna-o inteiramente sem sentido para um personagem insano como o Coringa.

Outro incidente no estilo Coringa ocorreu em 2009, quando um professor rechaçou um ataque de uma estudante do ensino médio em Indiana. A menina veio para o professor com uma lâmina de barbear, mas somente depois de ter se ausentado de sala para ir ao banheiro e se maquiar como Coringa, cortando sua boca copiando a marca registrada do vilão: o sorriso.